quinta-feira, 29 de abril de 2010

Hoje é o Dia !

Um dia vou ser capás de te dizer tudo aquilo que senti, que penso e pensei, tudo aquilo que me fazias.

Durante muito tempo foste um tudo para mim, um porto de abrigo, uma mão que segurava quando tudo corria mal. Eras algo que eu estimava realmente. E eras tu que me seguravas antes de cair, que me limpavas as lágrimas quando elas escorriam. Sentia-me tão bem, estava a flutuar no meio de tantas sensações boas. Preenchias cada espaço vazio da minha alma, davas resposta a todas as perguntas. E agora ? Agora uma onda, uma onda enorme, levou-te para longe, para longe da minha praia. E agora estou deitada nessa areia fina e macia como a tua pele. Estamos frios e emargos, o nosso sentimento tão perfeitamente mutuo, sinto-o apenas eu. Tu ? Já não sei. Deixas-te de dar respostas às minhas perguntas. Porém ... essa onda que te levou para longe voltou. Agarra-me, toma a forma do teu corpo e faz-me lembrar de tudo, dessas memórias adormecidas. Mas eu consigo ser forte e empurro-a para longe. Começo agora uma corrida contra ao tempo. Essas memórias adormecidas perceguem-me, assombram-me. E o tempo nao pára, cada vez mais rapido e eu corro. Mas o tempo dessas memórias consegue ser mais forte que eu e acabo por cair cansada, enfraquecida no chão. Consigo ouvir o meu coraçao bater, a minha respiração profunda, os gritos da minha alma. Mas já está tudo bem. Percebi que por muito que gostemos de alguém por vezes o melhor é deixa-la ir. Mas isso não quer dizer que nao a amamos, por vezes amamos-a ainda mais.

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