sexta-feira, 14 de maio de 2010

Nostalgia ;

O nosso caminho somos nós que o traçamos, com os nossos passos e decisões. Mas por vezes aparecem pedras, e com as pedras aparecem os problemas, e com os problemas aparece o medo. E é isso tudo que nos leva a seguir atalhos, mas isso é fraquesa!
Ser forte é passar por essas pedras todas, é cair e levantar, é ser maior, é guardar isso tudo e construir uma moralha contra os problemas, contra o medo. Mas os atalhos são feitos a pensar em Nós e em toda a nossa vida deve haver espaço nem que seja apenas por um minuto, para pensar no outro. Porque é nesses atalhos, onde caimos e erramos, que por vezes percebemos que o outro somos Nós também. Mas é tarde... E tentamos construir outro caminho, mas os nossos passos tornam-se rápidos e tudo o que construimos são atalhos pela rua do medo. Porém ter medo é bom, pois se temos medo é sinal que não queremos perder algo!
Eu construi o meu caminho, onde apareceram pedras que me deixaram com medo. Mas não as apanhei, em vez disso ignorei-as e cai de braços abertos no trampolim dos problemas. Porém, o trampolim dos problemas começou a romper, de tanto nele saltar e divagar. Caí. Respiro medo, transpiro lágrimas, choro suor de tão cansada que estou. Perdi-te. A ti, a mim, ao meu caminho. Ponho de lado os atalhos, lanço-me agora ao mar no meu barco feito de vento. Navego então nesse mar de nostalgia. As ondas são fortes, embatem em mim agressivamente. Apesar de ferida, de magoada, luto. Chove. E a chuva lava-me a alma tornando-a intacta, incolor. Fecho os olhos, o tempo cura tudo. De tanto navegar, navegar na nostalgia, perdi-me novamente. Mas um dia, um dia dia irei encontrar o meu porto e como o vento.... Balançar.

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