Sento-me, cruzo as pernas e uno as pontas dos dedos (médio, indicador e polegar) que acabo por posar sobre os meus joelhos. Fecho os olhos, limpo o pensamento. Tudo pára á minha volta, até o tempo. Aliás, no seu lugar aparece a minha respiração calma e profunda que soa como uma melodia nos meus ouvidos. Por instantes foco-me apenas nela, controlo-a deixando ao mesmo tempo que ela me controle a mim. Então suavemente inspiro e expiro, inspiro e expiro, uma constante sem fim. Levemente, começo a levitar. Encontro-me num espaço fresco e silencioso que me abraça de uma maneira confortante. Dou a mão á mente e deixo me levar com ela, deixando que ela me leve por caminhos, lugares e pensamentos. Agora não sou eu que a controlo mas ela que me controla a mim. É algo mágico ter o poder de viagar sem destino, de ser livre de mim própria. O meu corpo está aqui mas a alma não. Essa ganhou asas e vagueia na imensidão desse tempo perdido e parado. Esta serenidade, esta paz, enche-me a alma.
A respiração é a chave.
Abro agora muito discretamente os olhos como se acordasse de um longo e confortante sonho. Faço uma vénia perante tu, Budha, meu Deus. Que trazes calma e paz para o meu mundo intrior, que me abraças a alma e me ajudas a voar, a libertar-me, que te tornas no meu caminho. Isto não é um passatempo, é sim uma crença, um estilo de vida.
escreves muito bem.
ResponderEliminarolhá como posses-te musica no teu blog?