Com o tempo tudo muda e o natal nao fugiu á regra. Tornou-se numa época demasiado matrialista e vaidosa. Tornou-se numa troca de objectos constante, mas no meio dessas trocas as pessoas esquecem-se que os objectos nao podem amar.
Hoje em dia, a única preocupação que existe em cada um é se no dia vinte e quatro á meia noite iram ter aquela prenda cara que tanto sonharam ou simplesmente pediram, esquecendo que há quem não tenha nada, que há quem receba apenas uma sopa quente ou um cobertor aconchegador, que receba apenas uma mão amiga ou uma palavra abrigavél, que há quem sonhe e deseje apenas um amigo, um amor, um abrigo, um amo-te ou um beijo doce, há quem sonhe com apenas um abraço meigo, com uma casa e roupa quente.
Na minha opinião o natal não deveriam ser trocas de prendas mas sim trocas de sorrisos, de palavras, de histórias de vida e até mesmo de memórias adormecidas e perdidas no tempo. Deviam ser abraços fortes e mãos unidas á volta de apenas um sentimento.. o amor.
Por isso, este natal, fiquei no meu canto olhando para as estrelas vendo as nossas vidas brilhar na noite escura e fria. Não ri, mas chorei, chorei por pensar que há quem tenha tudo e peça ainda mais e que há quem não tenha nada e peça muito pouco. Por isso, não pedi prendas, nem fiquei acordada até tarde, fiquei apenas pensando como a vida é injusta e a unica coisa que eu desejei para o pai natal foi que tivesses aqui nesta noite fria pois tudo o que eu desejo é ter-te aqui para sempre.
(P&L é para vocês, que neste momento são as únicas pessoas que desajava ter do meu lado e que no natal chorei por não vos poder dar a mão)
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